Panorama geral

FILHA DE LUCIO COSTA DIZ : BRASÍLIA ESTÁ SENDO MALTRATADA

Exclusivo: filha de Lucio Costa diz que Brasília está sendo maltratada

O projeto urbanístico de Brasília, idealizado por Lúcio Costa, resistirá mais 50 anos? Foto do paisagismo projetado, em 1960, por Burle Max para a Esplanada dos Ministérios. Fonte: http://www.skyscrapercity.com

O projeto urbanístico de Brasília, idealizado por Lúcio Costa, resistirá mais 50 anos? Foto do paisagismo projetado, em 1960, por Burle Max para a Esplanada dos Ministérios. Fonte: http://www.skyscrapercity.com

Em entrevista exclusiva ao blog Brasília, por Chico Sant’AnnaMaria Elisa revela que o Setor Noroeste não segue as recomendações de seu pai e relembra que, segundo Lúcio Costa, “a Brasília não interessa ser grande metrópole.”

Em entrevista exclusiva ao blog Brasília, por Chico Sant’AnnaMaria Elisa revela que o Setor Noroeste não segue as recomendações de seu pai e relembra que, segundo Lucio Costa, a Brasília não interessa ser grande metrópole.

 

Arquiteta e urbanista como o pai, Maria Elisa Costa fala da situação de Brasília e suas preocupações com a Capital Federal. Foto: Arquivo da família.
Arquiteta e urbanista como o pai, Maria Elisa Costa fala da situação de Brasília e suas preocupações com a Capital Federal. Foto: Arquivo da família.
Com meio século de vida, Brasília vive os dilemas das metrópoles centenárias. A cidade planejada não conseguiu implantar um serviço de coleta e triagem de lixo, garantir tratamento de esgoto para 100% da população, o transporte público é de péssima qualidade e parece ter a predileção de optar pelas tecnologias ultrapassadas. A Educação e a Saúde públicas, outrora modelos referenciais de qualidade, estão sucateados e a especulação imobiliária faz a cidade crescer desordenadamente para cima e para os lados. Brasília, a cidade que não tinha a missão de ser uma metrópole, segundo a visão de seu próprio idealizador, fica, a cada dia, mais descaracterizada e mais semelhante a qualquer outra cidade do país, refém dos interesses da ganância de uns e dos desacertos da classe política que dita os rumos não só de Brasília, mas de todo o País.

Talvez, o último governador do Distrito Federal que tenha tido uma verdadeira preocupação com a preservação da Capital Federal tenha sido José Aparecido. Ele conseguiu que Brasília fosse tombada como patrimônio universal da humanidade pela Unesco e assim tentar aplacar a sanha de alguns que não tem preocupação com o que ela representa nem com a qualidade de vida dos que nela moram.

Maria Elisa Costa, filha de Lucio Costa, conviveu com os principais responsáveis pela existência de Brasília, como retrata a fotomontagem. Foto: Arquivo da família.

Foi na administração Aparecido, entre 1985 e 1987 que Lúcio Costa esteve em Brasília para fazer, quem sabe, uma última reflexão sobre os rumos de sua criação. Elaborou o projeto Brasília revisitada, que de alguma forma buscava garantir os ideários da cidade sonhada por Juscelino Kubitschek e, ao mesmo tempo abrir um pouco de espaço para o seu crescimento.

Um quarto de século depois, a cidade não parece mais a mesma e as ameaças de uma descaracterização maior – tais como a mudanças de gabaritos nos Setores Hoteleiros ou a mudança de destinação de uso da quadra 901 Norte – se mostram cada vez mais fortes e agressivas. No entorno da cidade, os espigões já tomam conta da linha do horizonte, chegando, em alguns casos a 30 andares. A verticalização das cidades-satélites impacta todo o planejamento feito para Brasília, em especial a qualidade dos serviços que devem ser ofertados pelo poder público. A cidade vive a opressão da força das empreiteiras, das construtoras e das imobiliárias.

Lúcio Costa e Oscar Niemeyer já não estão mais aí para zelarem por sua criação. Setores da sociedade civil, tais como os movimentos Reaja Brasília e Urbanistas por Brasília, tentam se contrapor a dilapidação da Capital Federal. É uma luta inconstante e desigual.

Foi neste contexto que fui procurar alguém que viveu muito perto dos dois idealizadores de Brasília e também da implantação deste que foi um dos maiores empreendimentos do Brasil no século XX: Maria Elisa Costa. Demonstrando o DNA familiar, ela é hoje uma referência não apenas como arquiteta e urbanista, mas também na área de patrimônio histórico.

Em uma entrevista exclusiva ao blog Brasília, por Chico Sant’AnnaMaria Elisa revela que o Noroeste, embora previsto por seu pai, foi completamente distorcido pelo GDF. Para ela, as maiores ameaças se concretizam rapidamente em agressões, como por exemplo, aumentando desmesuradamente os gabaritos em localidades fora do Plano Piloto, mas perto demais da área de entorno do bem tombado.

Maria Elisa considera que a expansão urbana de Brasília está acontece ao sabor dos interesses do momento. O planejamento urbano do Distrito Federal – adverte ela – deveria considerar que se trata da CAPITAL DO PAÍS !!! (o grifo e as exclamações são dela mesmo) “Preservar o Plano Piloto não é uma “frescura” cultural!”

No final da década de 1980, Lúcio Costa elaborou o projeto “Brasília Revisitada” que definia a forma do crescimento urbano da Capital Federal.

A filha de Lucio Costa considera uma “aberração” a contratação pelo governo de Agnelo Queiroz da empresa Jurong, de Cingapura,para definir os rumos da expansão urbana do Distrito Federal uma aberração.

Embora não admita estar triste com a situação da Capital, ela considera que Brasília está sendo maltratada e só não está mais descaracterizada em função da força da proposta urbanística original e pela ação de resistência dos brasilienses que defendem a cidade.

“Meu estado de espírito em relação aos rumos de Brasília é … acreditar no que vejo, ou seja, uma coisa que há 50 anos não passava de uma idéia, é, de fato, hoje – e para sempre – a Capital do país … Como eu acredito completamente no Brasil, não posso deixar de acreditar que Brasília vai segurar a barra…”

Confira abaixo a íntegra da entrevista de Maria Elisa Costa, filha de Lucio Costa, concedida a Chico Sant’Anna.

Maria Elisa Costa relembra a advertência de seu pai, Lúcio Costa: “a Brasília não interessa ser uma grande metropole!”
Maria Elisa Costa relembra a advertência de seu pai, Lúcio Costa: “a Brasília não interessa ser uma grande metropole!”

Blog – Na década de 80, durante o governo de José Aparecido em Brasília, seu pai visitou a cidade e apontou áreas para onde ela poderia crescer e definiu como. O trabalho ficou conhecido como Brasília Revisitada. Em sua opinião, desde então, as idéias de seu pai foram bem aplicadas? Onde houve acerto? Onde houve Desacerto?

Maria Elisa Costa – Brasília Revisitada contem uma série de sugestões. O “Sudoeste’” foi implantado logo, e obedece ao proposto, com uma lamentável exceção: As faixas de 20 m circundando as superquadras existem, mas ali nunca foi plantada uma árvore!

Já para o “Noroeste”, o projeto – recente – foi feito por conta própria, não respeitou a proposta (inclusive indicada graficamente) em Brasília Revisitada. (A título de exemplo: Superquadra NÃO É lugar de passagem, por isso tem entrada única para veículos; as “superquadras” do Noroeste não são superquadras, tem entrada e saída….) As demais propostas, acho que envelheceram, diante do rumo tomado pela expansão urbana do DF.

Blog – Seu pai, se pudesse fazer hoje uma nova “revisita” a Brasília, como você crê que ele reagiria?

Maria Elisa Costa – Seguramente ficaria emocionado ao entrar no Eixão, vindo do aeroporto… passando pelo burburinho da Rodoviária e descendo à Esplanada até à Praça dos Três Poderes…  e de lá olhando o por do sol atrás da Torre de TV! No mais, não me arrisco!

Blog – Em sua opinião, Brasília está sendo bem tratada? Há risco de se perder a originalidade do que foi este projeto urbanístico?

Maria Elisa Costa – Nos últimos tempos, não tenho achado Brasília bem tratada… Falta cuidado cotidiano, e se a originalidade do projeto não se perde, é porque a proposta é forte, e ainda porque os moradores de Brasília gostam da cidade.

O Brasil como um todo – e os brasilienses em particular – precisam dar valor à sua cidade, como nós, cariocas, damos ao Rio! Brasília é capital do BRASIL, e não de um mero estado da Federação de nome Distrito Federal.

Blog – Há por parte do atual governo rotinas de consultas aos técnicos herdeiros e responsáveis pela preservação do projeto de Lúcio Costa?

Maria Elisa Costa – Isso nunca houve (e nunca me passou pela cabeça, aliás!). A rigor, a preservação do Patrimônio Cultural Brasileiro (Brasília inclusive) incumbe ao IPHAN, não é coisa de família…

Blog – Em sua opinião, onde residem as maiores agressões ao projeto de Brasília, ou onde estão as mais graves ameaças ao projeto?

Maria Elisa Costa – Em Brasília Revisitada Lucio Costa faz uma afirmação fundamental:“A Brasília não interessa ser uma grande metrópole.” 

Ou seja, as ameaças se concretizam rapidamente em agressões, como por exemplo, aumentando desmesuradamente gabaritos perto demais da área de entorno do bem tombado (no Guará, por exemplo, prática aliás inaugurada pelo partido urbano ostensivamente oposto a Brasília do projeto de Águas Claras…).

E não se pensa seriamente em implantar atividades geradoras de emprego além de Taguatinga/Ceilândia, etc.

Blog – O segmento empresarial imobiliário brasiliense, a seu ver, tem algum compromisso em preservar a cidade, ou eles são os grandes vilões?

Maria Elisa Costa – A grande vilã do planeta, em todas as áreas, se chama GANÂNCIA. Seja no setor imobiliário ou em qualquer outro – depende das pessoas, a doença é global…

Blog – A classe política de Brasília, em especial a que hoje se situa no Palácio do Buriti e na Câmara Legislativa, tem a clareza suficiente para entender a importância cultural de Brasília. Ela é efetivamente compromissada com o projeto?

Maria Elisa Costa – Sou do tempo em que a capital era o Rio de Janeiro, a presidência da República nomeava um prefeito para cuidar da cidade, e havia uma câmara de vereadores eleita, para defender os interesses dos moradores. Se o prefeito não desse conta do serviço, trocava-se o Prefeito….

Ou seja, quem tomava conta do Distrito Federal tinha uma cabeça prioritariamente administrativa. Já com essa ideia insólita de considerar o DF um Estado (de mentira, porque ele não se sustenta, quem paga as contas é a mamãe-federal), com governador eleito, a meu ver, não funciona – cabeça de governador é prioritariamente política…

Blog – Áreas como a quadra 901 Norte, hoje não ocupadas, e os Setores Hoteleiros Norte e Sul – onde coexistem prédios de pequeno porte e outros de mais de 10 andares, poderão ter seus projetos modificados para abrigarem hotéis de 10 a 14 andares? Como a senhora analisa este fato?

Maria Elisa Costa – Os setores hoteleiros originais, sim, inclusive com introdução de comércio de gabarito baixo…

Já a 901 Norte não, ela não faz parte do centro urbano original, não deve admitir, em nenhuma hipótese, gabarito superior a cerca de 15 metros… – já quanto aos usos, e mesmo taxa de ocupação, flexibilização é possível – questão de bom senso….

E o Setor de Autarquias Norte, que admite gabaritos altos? Está desocupado até hoje… mistérios de Brasília.

Blog – Além do Plano Piloto, tombado, as cidades satélites estão sofrendo com grandes transformações urbanísticas. Há prédios em Águas Claras que chegam a 30 andares. Cidades satélites destinadas a camadas sociais menos favorecidas, como Gama e Samambaia, já possuem espigões de 20 andares de altura. De que forma esta transformação ajuda a preservar ou impacta na preservação do Plano Piloto.

Maria Elisa Costa – A expansão urbana de Brasília acontece como em qualquer cidade brasileira, ao sabor dos interesses do momento. Hoje, é a mania de gabaritos altos, mesmo quando não há nenhuma pressão urbana que o justifique – acontece em todas as cidades de porte médio – lamentável! (a meu ver, mais um produto da GANÂNCIA…)

O planejamento urbano do DF deveria lembrar-se que se trata da CAPITAL DO PAÍS !!!Preservar o Plano Piloto não é uma “frescura” cultural! É respeitar um momento extraordinário da nossa história em que a vontade política (JK), a capacidade realizadora (Dr. Israel) e o talento (Lucio e Oscar) se uniram a favor do Brasil!

Blog – Na nova Lei de Uso e Ocupação do Solo – Luos, enviada pelo Governo do Distrito Federal à Câmara Legislativa, setores, como os das Mansões Park Way, originalmente previstas como “suburbanas” e destinadas ao cinturão verde da Capital estão tendo sua destinação alterada para receber, inclusive, empreendimentos comerciais e as áreas verdes ali localizadas serão passiveis de edificação. Que impacto isso pode trazer à cidade?

Maria Elisa Costa – Tenho acompanhado a reação contrária dos moradores, mas não conheço a proposta. E sempre tenho tendência a desconfiar de improvisos, sinto falta de uma orientação global inteligente em relação ao conjunto do DF.

Blog – O GDF contratou junto a uma empresa de Cingapura, a Jurong, a elaboração de projetos urbanísticos em cinco áreas do Distrito Federal – como por exemplo, o Núcleo Rural do Tororó – todas elas exploradas atualmente por atividades rurais, ou mesmo sem qualquer uso do solo. A senhora crê na possibilidade de que a ocupação do solo de forma progressiva, como vem ocorrendo no DF, possa provocar problemas de desabastecimento de água potável. Que impactos poderemos ter quanto a esgoto e impermeabilização do solo?

Maria Elisa Costa – Acho que a contratação de uma firma particular, ainda mais de um lugar que não tem nada a ver com a realidade brasileira, para definir os rumos da expansão urbana do Distrito Federal uma aberração.

A responsabilidade de planejar o rumo a seguir, a meu ver, é atribuição do poder publico, através de uma secretaria de planejamento competente, capaz de definir, orientar e fiscalizar a execução dos serviços que venha a terceirizar.

Blog – Como a Senhora analisa a contratação de uma empresa de planejamento urbanístico estrangeira para traçar os projetos do crescimento urbano do DF, sem a realização de um concurso técnico ou mesmo uma licitação pública?

Maria Elisa Costa – Você acharia admissível que a Prefeitura de Paris contratasse uma firma de um país longínquo, sem ter nenhuma intimidade com seus problemas, para planejar a expansão urbana da chamada “Région Parisienne”? Duvido !

Blog – Como técnica, que juízo de valor a senhora faz da empresa Jurong?

Maria Elisa Costa – Nunca ouvi falar da empresa Jurong. Devolvo a pergunta: de onde surgiu esse lance do GDF com a Empresa Jurong?

A proposta da Jurong tem em vista estimular a expansão urbana do Distrito Federal. Só que, como dizia Lucio Costa, “a Brasília não interessa ser grande metrópole” …  Resta saber a quem interessa.

Blog – Passados 52 anos, a senhora diria que a população de Brasília está distanciada da utopia que foi o projeto da cidade e que não aporta a ele o mesmo carinho e sentimento?

Maria Elisa Costa – O projeto de Brasília não foi uma utopia, foi uma extraordinária realização de carne e osso da Nação brasileira. Acho que a população, agora já nascida na cidade em sua maioria, tem um enorme carinho pela cidade.

Blog – Se lhe fosse pedido para pensar o futuro urbanístico do DF, que valores norteariam o seu raciocínio? A senhora optaria em adensar áreas já existentes, com verticalização dos imóveis, ou manteria os gabaritos atuais e abriria novos espaços urbanos? Brasília tem um limite de crescimento populacional? Ela é uma cidade já consolidada ou precisa sempre está crescendo?

Maria Elisa Costa – Procuraria, antes de qualquer coisa, mobilizar todos os meios possíveis par criar emprego fora do Plano Piloto. Certamente, na medida do possível, não estimularia o crescimento da cidade… E teria que estudar muito bem a realidade atual, para saber como lidar com a expansão urbana.

Desde logo, fica claro que há duas situações urbanas diferentes justapostas: o que eu chamaria de “Grande Brasília” cujo núcleo principal é Taguatinga, e a área de Brasília propriamente dita, ou seja, a área tombada e seu entorno, delimitado pelo divisor de águas da bacia do Paranoá.

Na realidade, o que é bom como legislação para uma, não serve para a outra! Daí, ter me ocorrido há algum tempo que o DF deveria ter dois Prefeitos, em lugar de um Governador: uma prefeitura para cuidar da “Grande Brasília”, com sede em Taguatinga, prefeito eleito e câmara de vereadores, como nas demais cidades brasileiras; e a outra para tomar conta de Brasília propriamente dita, cidade-capital DO PAÍS, com prefeito nomeado pela Presidência da República e representação popular através das Associações de Moradores – como se fosse um “Território Federal” dentro do Distrito Federal.

De qualquer forma, deve ficar claro: na área de Brasília-Plano Piloto e seu entorno quem manda é a preservação; gabaritos altos só mesmo bem afastados dos limites da área de proteção. E para a grande Brasília, um planejamento urbano tradicional, como se faz em todas as cidades…

É preciso acrescentar que, seja no caso de governador ou de prefeitos, por se tratar, na realidade, não de um estado, mas da CAPITAL DA REPÚBLICA, toda e qualquer decisão relativa a uso e ocupação do solo dentro da área do Distrito Federal só deveria ser implantada depois de exame isento de suas implicações, por um órgão técnico diretamente ligado à Presidência da República.

4 pensamentos sobre “FILHA DE LUCIO COSTA DIZ : BRASÍLIA ESTÁ SENDO MALTRATADA

  1. Um absurdo não pensar no futuro de Brasília! Cingapura já! Nem que seja em uma região fora do plano piloto. Gabaritos baixos são para edifícios residenciais; arranha-céus corporativos de um CBD, precisam se destacar no SKYLINE como cartão postal da cidade, assim como Nova Iorque (possui o espaço aéreo mais movimentado do mundo), Chicago, Toronto, Paris, Londres, cidades como a emergente Shanghai e até cidades do interior dos EUA. Atraso não! Futuro já!

    • Prezado Rodrigo,
      Na verdade a história não é bem essa. Você está misturando um pouco duas situações: o PPCUB e a Consultoria Jurong. O PPCUB é o plano diretor para a área tombada e está para ser votado na CLDF. A Consultoria da Jurong pretende implantar a industrialização intensiva no DF e fora da área tombada, claro. Ninguém está falando em não se pensar o futuro do DF, isso tem que ser um exercício constante e é uma das principais atribuições do GDF. Entretanto isso deve se dar com participação da população, discutindo o que se quer para o DF, e para isso o governo deve ter um corpo técnico fortalecido e capacitado para essas discussões, não importando visão de mundo e de investimentos externos criando demandas artificiais em uma unidade da federação que não é igual às outras. O intuito principal do contrato Jurong não é “criar arranha-céus corporativos”, e está fora de cogitação isso acontecer dentro do perímetro tombado. Questionar a contratação da Jurong está longe de ser um atraso, é uma questão de consciência e lucidez. Você pode se informar melhor lendo nossos posts anteriores. Grande abraço.

  2. Já pensaram em usar deste artifício, contra as intervenções que estão ocorrendo em Brasília? Ação civil pública.

    • Prezado Marco Antônio,
      Agradecemos sua participação. Na verdade muito do que estamos denunciando pelo Blog já foi levado ao conhecimento do Ministério Público, ECAD e TCU por meio de representações em nome do Movimento em Defesa de Brasília (MovBsb) e estamos na expectativa de algo ser feito. Abs!

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