Conplan tem as atividades suspensas após Ação Civil Pública do MPDFT
Decisão judicial é retroativa a dezembro de 2012, data que a PROURB ajuizou a ação
A 3ª Vara da Fazenda Pública do Distrito Federal deferiu na última terça-feira, dia 27, o pedido do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) para suspender as atividades do Conselho de Planejamento Territorial e Urbano do Distrito Federal (Conplan) até a regularização de sua composição.
Segundo apurado pelo MPDFT, os dez conselheiros do Conplan representantes da sociedade civil eram indicados pelo governador, ferindo assim os princípios da gestão democrática da cidade e da democracia participativa.
Diante disso, em dezembro de 2012, a Promotoria de Justiça de Defesa da Ordem Urbanística (Prourb) ajuizou uma ação civil pública (ACP) requerendo que o governador do DF se abstivesse de nomear novos conselheiros representantes da sociedade civil até realização de eleição. O pedido, deferido no mesmo mês, determinou que o governador não nomeasse novos representantes para o Conplan. Ainda assim o Conplan continuou suas atividades decidindo sobre relevantes questões de planejamento urbano para todo o DF.
Esse fato levou o MPDFT a reiterar o pedido de suspensão das atividades do Conselho até a regularização de sua composição. O Juiz da 3ª Vara da Fazenda Pública do Distrito Federal atendeu o pedido do MPDFT na última terça-feira, dia 27/8, inclusive conferindo efeito retroativo à decisão de dezembro de 2012, data da concessão da primeira liminar.
A promotora de Justiça Maria Elda Fernandes Melo esclarece que o Conplan tem atribuições consultivas e deliberativas sobre as mais importantes questões de planejamento territorial e urbano do DF. Em razão disso, seu funcionamento deve obedecer aos princípios da democracia participativa e da gestão democrática das cidades. “Não se pode excluir da sociedade o direito de eleger seus representantes junto ao Conselho, cujas decisões afetam todos os moradores do DF”, defende.
Dessa forma a decisão judicial ANULA aprovação do novo texto do PPCUB, ocorrida na reunião do CONPLAN do dia 28/8.
Confira aqui a decisão.
Lindo.
QUE MARAVILHA!!!!!!!De grão
Seria maravilhoso se tantos desmandos (arrisco dizer alguns com sequelas irremediáveis) não tivessem ocorrido nesse meio tempo. Nesse contexto, só torço para que Brasília e seus governantes aprendam, aprendam, aprendam. Que coisas como essa, ou parecidas com essa, jamais voltem a acontecer.
Parabéns ao MP.
“Se não peca pela ação,peca pela omissão”,esse em sido o papel do GDF quando trata-se da preservação da área tombada de Brasília. Esse texto só clocava no papel o que na prática vem ocorrendo sem nenhuma ação concreta de Agnelo e sua trupe:edificações fora do padrão,apropriação da orla do lago,quitinetes onde só deveria haver comércio… Me envergonho em admitir mas ao eleger esse governo julgava ser a melhor opção… após dois anos constatei ser a opção menos ruim… agora tenho certeza trata-se de uma opção quase tão ruim quanto! Quanto desencanto!
Dada a informação,peço por favor que esclareçam:
“Governo reenvia PPCUB e LUOS à Câmara Legislativa
Projetos de preservação de Brasília voltam à pauta e devem ser aprovados até dezembro deste ano, quando a capital federal completa 26 anos como Patrimônio da Humanidade”.
Rejane Evaristo
Redação Jornal da Comunidade.
Prezado David. Parece que está havendo uma batalha judicial nos bastidores de forma que o GDF supere esse obstáculo legal que se formou com a anulação da Sessão do Conplan que aprovou o PPCUB. Ainda não temos informações seguras sobre o fato, mas CASO NÃO HAJA uma decisão – ainda que liminar – permitindo que o PPCUB continue tramitando, o que está havendo é mais uma demonstração de TRUCULÊNCIA na gestão da cidade. O que deveria ocorrer é o Conplan ser reorganizado conforme o pedido do Ministério Público do DF na Ação Civil Pública, e só assim o PPCUB ser novamente submetido à avaliação do Conplan e, depois, encaminhado (ou não) para a CLDF.